A dinãmica das comunidades negras no Brasil e o escravo como prinipal produto comercializado no século XIX


Os quilombos eram escravos que fugiam de seus senhores e iam para localidades distantes normalmente em regiões com características florestais e matas, ali construíam suas famílias e vivam em comunidades, onde poderia expressar livremente a sua cultura e costumes. O principal Quilombo foi o dos Palmares devido toda a mobilidade política e social que eles construíram.


 
Interessante entender a ordem social daquele período que estava intrinsecamente ligada a economia, as sociedades eram compostas basicamente por Senhores de engenhos (aristocratas), o Alto Clero, funcionários públicos, profissionais liberais, escravos. Mendigos, vagabundos, homens livres e alforriados e com o tráfico negreiro, surge uma nova classe, os traficantes de escravos, pois esse comércio desencadeou tanto lucro para os que estavam envolvidos direta e indiretamente no negócio que eles passaram a ter prestigio nas organizações sociais da sociedade brasileira, como ter participação em cargos públicos, financiava construções e templos religiosos entre outros fatores. Podemos perceber que com o passar do tempo não mais a herança hereditária trazia prestigío, mas o poder econômico que  determinada pessoa detinha.
 
Foi neste cenário que o tráfico negreiro vivia. Ao decorrer dos anos o ciclo se fechava cada vez mais para os comerciantes do tráfico, a pressão da Inglaterra e dos intelectuais brasileiro da época influenciado pelas idéias liberais intensificava cada vez mais o fim do tráfico e em 1830 foi regulamentada a Lei Feijó, onde consistia a proibição do tráfico de escravos, com os navios negreiros não podiam chegar oficialmente na cidade, várias cidades como Pernambuco, Salvador e Rio de Janeiro que estavam ligadas diretamente nesse comércio teve diversos prejuízos, mas mesmo assim o tráfico  continuava intenso, porém em 28 de setembro de 1850 foi decretada a Lei Eusébio de Queiroz, no qual regulamentava definitivamente a proibição do tráfico negreiro.





Como o escravo passou a ser a principal mercadoria, devido tráfico depender da demanda de mão-de-obra ao decorrer do tempo mudava as atividades, mas fazia necessário escravos, e começa uma nova mobilidade, o comércio interno de escravos agora nascidos no Brasil. No século XVI, a produção em grande escala do açúcar ao decorre dos séculos gradativamente entra em declínio devido os embargos e também a descoberta do ouro na cidade de Minas Gerais no século XVIII, que intensifica a demanda de mão-de-obra escrava, mais uma vez. Ao passar do tempo, meados do século XIX, o café substituirá o açúcar e o ouro. Portanto, naquele período não tinha como substituir essa mão de obra.
Mesmo com a proibição, o século XIX  foi o período que o Brasil mais recebeu escravos era de porto a porto, normalmente os portos ficavam instalados em locais estratégicos onde a demanda era maior de norte ao sul do país se transportava escravos. Com a produção de café estima-se que mais de 200 mil escravos fora transportados do nordeste especificamente da Bahia ao sudeste, vale ressaltar que esse ciclo interno era amplas cidades como Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro.


E com isso fecho mais um ciclo, se houver alguma dúvida basta deixar um recadinho.Espero que gostem.Até maisssssssssssss!